O deputado e vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Carlos Abreu Amorim, volta a gerar polémica ao chamar, via Twitter, “magrebinos” aos lisboetas.
Lamento não ter entendido o coro de protestos acerca das ruminações do animal acima nomeado. Na verdade, sempre me considerei como tal, nunca me dei mal com isso e até , em boa verdade, só vejo vantagens em ser este belo cavalinho de raça pura, magro, alto , escorreito e hábil, ao invés dum mero bárbaro do norte, por norma exactamente da compleição física do animal em causa, com as inerentes dificuldades de movimento e com tudo o que tudo isso implicará de ressentimento e inveja.
Causa-me, no entanto, alguma estranheza o facto deste animal pretensamente culto, a julgar pelos inúmeros títulos e cargos de importância, não entender que os seus "amigos" bárbaros do norte lhe chamam (embora incorrectamente para mal dos seus pecados, que lhe fica a fama e sem gozar do proveito) exactamente o mesmo.... um preguiçoso do sul, e, basicamente, parecer ignorar que um dos mais sábios homens da religião que supostamente professa era , pasme-se, argelino...magrebino até à quinta casa, como sói dizer-se, (Santo Agostinho), e que, mesmo para um ateu assumido, é um Homem Admirável.
Que a "luta" das troikas de hoje , não é mais que a eterna guerra económica entre as duas grandes civilizações europeias, chamemos-lhe nós entre o Agostinho e o Lutero , entre o Norte e o Sul, Mediterrranicos e Continentais ou entre o que quer que seja.
Que, ainda Londres era um doca mal cheirosa e cheia de ratos já Granada tinha uma avenida central de 5 Kms iluminada toda a noite.
Que, tal como muito bem assinala Camus, no brilhante trabalho "O Estrangeiro", um pobre que não tem casa onde dormir em Argel, corre o risco de não adormecer, tal a beleza esmagadora das estrelas e que em Paris, morre de frio.
Que não entenda que isso, só isso, desenha todo um universo civilizacional interno que nos afasta para sempre dos povos que vivem ancestralmente com medo pânico do frio e da fome.
Que depois de Granada (após séculos de escuridão bárbara) foi Florença, outra cidade de preguiçosos e infestada de berberes, a ressuscitar a arte e a poesia.
E por aí fora.
Mas, no fundo, traidor ou não, coisa que no fundo me parece ser, para ganhar mais uns tostões miseráveis, aceite um conselho dum velho:
Emagreça......vai ver que até o raciocínio fica mais escorreito depois.
Se reparar foi um menino não menos gordo que o senhor, um "republicano" que queria ser rei, coitado, e que suspirava por ser bem visto na "corte" do Olof Palm, que para sermos objectivos, nos meteu nesta alhada de fazermos parte (silenciosa, de resto) do novo império teutónico.
E que teremos de ser nós, Magrebinos, das nacões ibericas, italicas e magrebinas , numa judiciosa aliança , como de resto sempre soubemos fazer, deixando até religiões de lado, a reconstruir o que uma serie de bovinos destruíram a pedido expresso dos bárbaros do norte: agricultura, pesca, re povoamento do interior, etc......ou quer mesmo que continue....?
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