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A Linguagem dos humanos (II)

15/11/2014

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Corre na minha família o boato de que terei abandonado os "estudos" oficiais devido ao facto de me ter irritado por continuar a estudar o sistema digestivo da minhoca quando já o sabia de cor e salteado.

Nada disso, o que me aconteceu foi ter perguntado, meio desabridamente, ao Prof de Biologia, porque raio continuávamos a "aprender" generalidades, que já tinha encontrado anos atrás em qualquer enciclopédia de bolso, e fechávamos os olhos a fenómenos curiosos, como por exemplo, os colegas, com a discrição que a sua homofobia, sobretudo cultural, impunha, espreitarem as pilas uns dos outros nos WC.

(Bem sei que "dito" assim, en passant, a coisa parece de somenos importância, mas olhem que não, olhem que não...)

Como a coisa já vinha de trás, (eu queira aprender coisas que não sabia, eles formatar mais um profissional da treta) e com isso ganhei, não só um processo disciplinar, como o olhar transviado dos colegas, decidi que bem podia ir Estudar para uma qualquer outra freguesia.

Lembrei-me, claro, na altura, da lição histórica do outro, que fez não sei o quê às barbas, lá por terras da Índia, e depois, conta-se, desabafou:
"Mal com El Rey por amor do povo,
e mal com o povo por amor D'el Rey"

Como não usava barbas, não empenhava coisa nenhuma, nem consegui (confesso) decidir quem raio seria o Povo ou o Rei, não cheguei a lado nenhum, excepto à auto-satisfação de saber que "sabia" a lição histórica.
Isto vinha tudo a propósito de já nem sei bem de quê, como normalmente acontece a quem não pensa: esquece o que (não) estava a pensar.

Mas devia ter a ver com linguagem, isto a julgar pelo titulo que eu mesmo lá escrevi no inicio.

Ou, com a tal (in)capacidade dos humanos de a entenderem e usar para, imaginem só, o fim para que a criámos: partilhar conhecimento, emoções, realidades internas, medos, ansiedades, só acessíveis individualmente, dai ser um processo gerador de Riqueza colectiva.

Mas, precisamente por isso, pela sua riqueza, por ser um produto de milhares de anos de informação, não nos podemos ficar pelo que normalmente chamo meter a liberdade nos títulos dos jornais e pensar: 
Pronto, somos livres, democratas etc e tal....

Ou, melhor explicado ainda, toda a gente "adora" o poema do Brecht acerca das traquinices dos rios e das margens, mas na vida real, nem tanto.
Ou nada mesmo, convenhamos.

Mas não penso lá muito,  comecei eu  a escrevinhar de há uns tempos a esta parte, o que me permite, vou presumir, recordar-me perfeitamente do que (não) estava a pensar.

Assisti, já com essa curiosidade, a proverbial pedra no sapato, a mais uma douta discussão sobre a pena de morte.
Nada.
Todos opinam, uns a favor, outros contra, mas nem uma só opinião, uma consideração marginal que fosse, enfim, acerca dos que a mim me interessam:
Os carrascos.
Aqueles homens, educam filhos.
E, qualquer filho da humanidade é nosso filho, logo motivo da nossa preocupação.
Aliás, fui pesquisar mesmo, aqueles homens, são mesmo Só homens.
Fico seriamente a pensar:
Quando será que um qualquer movimento de libertação feminina vai reclamar o direito à profissão?
Afinal não conquistaram já, na maior "democracia" do mundo, o direito de ir matar afegãos, iraquianos e toda essa corja de bandidos?
Porque esperar para despachar uns criminosos quaisquer, aí mesmo, sem ter que sair do País?
Questão mais legal que linguistica?
Talvez, concedo, mas continuo, talvez, perdido no meio do mesmo problema:
Um ateu dos suburbios interroga-se em primeiro lugar:
Terei o direito de pedir a um "irmão" que seja um matador de homens?
Te-lo-ia, depois disso, como "amigo"?
A "sociedade" vai pagar-lhe assistência psicológica vitalícia e tudo o mais que um qualquer imbecil poderá prever como "doença profissional"?
Posso esperar daquele homem que eduque os filhos de acordo com princípios minimamente aceitáveis?

Ou nada disso, na verdade, vos interessa, conquanto convosco não seja?

A Igreja Católica, convoca concílios para discutir sobre a ética de despachar ou não um tipo que pode muito bem ter assassinado não sei quantas adolescentes.
Portanto, se bem entendo, temos um caso perdido, que se pode trancar algures, mas escolhemos criar mais não sei quantos.

É que, convenhamos, nada contra o aparelho digestivo da minhoca.
Aliás, estava implicito que o conhecia, logo a questão nem se põe.

Mas a linguagem, mal ou bem, é o único "espelho" da realidade que podemos usar para tentar, e sempre e só, tentar, ver se nos entendemos.

E tal como a realidade, tem muitas, mas mesmo muitas, camadas.

Pode-se ou não acabar com lágrimas nos olhos quando se descasca uma cebola.
(posso ensinar um truque sobre isso)
Pode-se até acabar num sacana dum beco sem saída.
Acontece.

Mas, ficar pela superfície, trouxe-nos até aqui!

Se é para continuar, pois já sabem que, por aí não vou.

É que isso do haver coisas que são mesmo assim, representa para mim um autentico puzzle.
E eu......adoro puzzles.....resolvidinhos, tudo no lugar, prontinhos para deitar fora, basicamente.

E, embora vos possa ensinar um truque, infalível de resto, para a questão das cebolas, não posso resolver o resto.

Voltemos pois à linguagem, minha velha amiga e companheira:

É verdade, para que algo mude, muitos dos privilégios de cada um, indivíduo ou instituição, acabam.
Ou sou eu que já não entendo o vosso linguajar e não é exactamente disso que falam quando dizem:
 "há coisas que são mesmo assim...." ?

És livre, votas e tudo e viveste toda a tua vida, uma vida de escravo.
Tu mesmo o dizes amiúde, assim tipo, todos os dias.
Logo, vou tomar como boa a informação.
As grandes vitórias terão sido o carro melhor que o do vizinho ou uma viagem de "férias" a um sitio (ainda) mais exótico.

É tranversal a coisa: igual se foi num charter tipo uma sardinha em lata ou na executiva, se os anjos têm a sua própria hierarquia,(sete níveis), porque não teriam os escravos?
Já ouviste falar, claro, do dividir para reinar, culto que és, e foste logo ganhar a batalha com quem deverias começar a construir a Democracia: 
O teu vizinho, a tua comunidade, a tua região......etc....


As minhocas, essas, têm um tubo digestivo completo.
(Não seria de esperar, diga-se!)

Esmiuçando:
1 - Boca - Captura do alimento.
2 - Faringe Muscular - Auxilia na entrada e maceração do alimento.
3 - Esófago - Canal de passagem entre a Faringe e o Papo.
4 - Papo - Armazena o alimento e começa o processamento químico.
5 - Moela - Tritura o alimento. Separa a matéria orgânica da inorgânica.
6 - Intestino - Bastante segmentado é onde finalmente o alimento é processado e o útil absorvido através das paredes.
7 - Ânus - Expele a matéria não aproveitável.

Além de terem feito parte da dieta dos povos primitivos (ainda hoje, nas regiões remotas da Amazónia, o são, cruas ou assadas), são muito usadas na pesca como isco e, mais recentemente, naquilo que se chamou vermicompostagem.

Num próximo post, vou-me debruçar, prometo, sobre o impacto da vermicompostagem na vida sexual das minhocas.
Sendo animais que copulam solitariamente, ( a dois-parece contradição mas nem é), deve ser violento aquilo das porem todas ao monte num espaço confinado.

Segue também e-mail para a Greenpeace para ver o que podem fazer sobre os direitos sexuais das pobres bichas.

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