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Em Tempos de Pré-Campanha Eleitoral... (3)

16/6/2015

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Esperas, mais uma vez, o Salvador.
Uma cruz no boletim de voto e já está, outros que o façam.
O Homem sabe que tem trabalho a fazer e que ninguém o fará por ele.
Sabe que também te é estranho que assim seja. 
Podes crer, porém, que o sofrimento que infliges tantas vezes inconscientemente - e que quantas vezes logo esqueces - é para o Homem, mesmo se incurável, motivo de reflexão em teu nome, não pela grandeza dos teus actos vis, mas exatamente pela sua pequenez. 
E é ele quem se interroga sobre o que te leva a maltratar o marido ou a mulher que te desapontou, a torturar os teus filhos porque desagradaram a vizinhos odiosos, a desprezar e explorar alguém só porque é bondoso. 
A receber quando te dão e a dar quando te exigem, mas nunca a dar só por amor. 
A bater em quem já está de rastos; a mentir quando te é pedida a verdade e a persegui-la bem mais do que à mentira. Zé Ninguém, tu estás sempre do lado dos opressores. 
Para que o estimasses e te caísse em graça, o Homem teria de se adaptar ao teu modo de ser, Zé Ninguém, falar como tu e gabar-se das mesmas virtudes. 
A verdade é que se ostentasse as tuas virtudes, falasse a tua linguagem e gozasse da tua amizade não mais seria Grande, Autêntico ou Simples. 
Tu não acreditas que qualquer amigo teu possa conseguir o que quer que seja de grande. 
No mais intimo de ti próprio, desprezas-te, mesmo quando – ou particularmente quando – gabas mais da tua dignidade. 
E se te desprezas, como poderias respeitar os teus amigos? Nunca poderias acreditar que quem quer fosse que se sentasse à tua mesa ou vivesse na mesma casa contigo pudesse realizar o que quer que fosse de grandioso.


Garanto-te, Zé Ninguém, que perdeste o sentido do que mais vale em ti mesmo. Morre de sufocação às tuas mãos, em ti e onde quer que o encontres nos outros, nos teus filhos, na tua mulher, no teu marido, no teu pai e na tua mãe. Tu és medíocre e queres continuar a sê-lo.

Perguntas-me como sei eu tudo isto? 

( Adaptação livre de "Escuta Zé Ninguém" , W. Reich. ) 

E porque, "Zé Ninguém", talvez não saibas que os Grandes se Tocam e se Admiram, este tema da tua "conhecida" Kate Bush é uma dramatização da prisão de W. Reich pela, à altura muito poderosa, FDA.
Seria através da filha, Eva Reich, aqui representada pela própria Kate, que o trabalho do Mestre pôde ser, na medida do possível, conservado.


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