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Um "vazio" com dedicatória:

2/3/2016

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Quem veio a "tempo" a esta página terá visto e ouvido o que cá estava.
Caso típico para um "tuga" dizer:
Quem viu, viu!
Que não viu, não volta a ver.
(Expressão estúpida, como tantas outras, uma vez que quem nunca viu, poderá quando muito ver, não voltar a ver.)

Dedico pois este vazio ao meu irmão gémeo, adoptado lá pelos seis ou sete anitos de idade, por falta de companhia.

​


​Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? 

Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa! 
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos! 
Génio? Neste momento 
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu, 
E a história não marcará, quem sabe?, nem um, 
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras. 
Não, não creio em mim. 
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas! 
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo? 
Não, nem em mim... 
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo 
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando? 
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas - 
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -, 
E quem sabe se realizáveis, 
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente? 
O mundo é para quem nasce para o conquistar 
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão. 
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez. 
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo, 
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu. 
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda, 
Ainda que não more nela;

Porque só o escreve quem sabe que vai ser ouvido.
Porque. de facto, É.
Porque só o escreve quem sabe que vive numa Mansarda.
Porque, de facto, Vive.
Porque Amar é Saber.
Amar Desmesuradamente é Saber coisas que nem sonhamos que sabemos.
Porque Amar Desmesuradamente é Dar, sabendo bem que se pode receber nada em troca.
O resto, são meros contratos de casamento.
Quer na Vida, quer na Arte

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