Acreditei, sobretudo, e logo, que era capaz!
Era-me tão visceralmente lógico que a fome das crianças, os espancamentos, as guerras, não poderiam continuar, que ter entendido que alguém numa, à altura, distante Grã-Bretanha, pensava, melhor dito, cantava exactamente o mesmo que eu magicava, em silêncio, enquanto ia olhando o mundo ao redor, teve naturalmente os seus efeitos.
Tinha pensado, humildemente , que um não é nada, mas.....assim já eram mais uns cinco, ora temos portanto seis, quem sabe mais um ou outro que, como eu, tivesse erradamente pensado estar só....sete, oito... afinal somos muitos, só o não sabemos.
Por isso recusei o "caminho"
Há quem lhe chame "carreira" como se ter rótulo, mais acima ou mais abaixo, numa cadeia de escravos, fosse motivo de orgulho.
Nunca procurei titulo, aceitei autoridade indevida, ou, sequer, vendi a minha força de trabalho a um "patrão".
Errei, tentei de novo e voltei a errar.
Morri cinquenta vezes, e tenho a sensação exacta de que teria gostado que alguém tivesse tocado piano, ao menos numa dessas tantas vezes.
Desisti, estupidamente, e voltei a acreditar não menos estupidamente.
Vi-vos servir.
Trocar a Espinha Dorsal pelo "direito" à ADSE.
Vi-vos virar as costas a todos os que não vos serviam a carreira.
Trocar a desmesura pela ambição comezinha.
Fui espancado na PIDE aos 16 anos em nome de "pobres", cujos filhos se tornaram nestas luminárias de esquerda que lutam por um lugar ao Sol em Estrasburgo.
Vi-vos ignorar a fome do vizinho e combater a extinção da águia real no Canada.
Lutar pelo "direito" ao trabalho, mas nunca, mesmo nunca, pelo direito ao tempo livre para educar os filhos.
Mais dinheiro compra coisas não é?
E que raio se faz com o tempo se não se tem o tempo dentro de si?
Já sem Norte, trocar o tecido agrícola do País por uns cursos de aprender a ir ao Messenger, que financiaram o aparecimento duma nova "burguesia".
Em ultima análise...
Trocar a bela Estrada da Beira por essa mísera beira da estrada, um ip qualquer que pagaste mas onde não tens dinheiro para andar.
As palavras, não são, nunca foram, uma arma.
Em Portugal, já agora, foram apenas carreira para alguns filhos família com formação musical, vantagens do colégio, estudavam Solfejo, e que confundiram um Édipo mal resolvido com o ser de esquerda.
E embolsaram mais uns patacos no processo.
Os actos sim, são uma arma.
Mas, claro, usar armas verdadeiras tem custos e vós não os quereis pagar.
As palavras são só coisinhas que se arrumam, com mais ou menos jeito, umas a seguir às outras.
Servem para namorar quem se ama, encantar uma criança, beber sequiosamente os saberes dum ancião.
Inventar, num instante, um oásis se tiveres sede e me Leres.
Mas não se faz com elas a guerra.
A guerra é não querer para o meu filho mais que para o teu.
E amá-lo até aos confins do universo.
Incondicionalmente.
Ponto.
E lutar por isso.
E fazer acontecer.
Porque, acontecendo, se espalha.
E, espalhando......
Sei, pois, agora, que não fui capaz.
Mas, não foi a "autoridade" que me derrotou.
Foram os meus pares.
A "autoridade" produziu o Rambo.
Foi a vós que coube o papel de tornar o filme um êxito comercial
Pior, fazer "daquilo", um herói aos olhos dos vossos filhos.
Simples.
Nunca tinha, sequer, reparado na simplicidade.
The wall on which the prophets wrote
Is cracking at the seams.
Upon the instruments if death
The sunlight brightly gleams.
When every man is torn apart
With nightmares and with dreams,
Will no one lay the laurel wreath
As silence drowns the screams.
Between the iron gates of fate,
The seeds of time were sown,
And watered by the deeds of those
Who know and who are known;
Knowledge is a deadly friend
When no one sets the rules.
The fate of all mankind I see
Is in the hands of fools.
Confusion will be my epitaph.
As I crawl a cracked and broken path
If we make it we can all sit back
and laugh.
But I fear tomorrow I'll be crying,
Yes I fear tomorrow I'll be crying.